Em maio de 2017 aconteceu o maior ataque hacker com uso de ransomware do mundo, o WannaCry. Usuários de todo o mundo tiveram seus arquivos capturados e criptografados, tornando bancos de dados inteiros reféns, até que se pagasse uma quantia de resgate em Bitcoins.
Outros dois grandes ataques, o NotPetya e o BadRabbit, consolidaram 2017 como o ano dos ataques cibernéticos.
Baleia Azul
Mais do que crimes contra a economia, a vida humana também foi ameaçada. A vilã foi a brincadeira perigosa chamada “Baleia Azul”, um fake news, que se acredita tenha vindo da Rússia.
Pelas redes sociais, criminosos desafiavam crianças a cumprirem desafios que levavam ao suicídio. O jogo chegou a fazer vítimas no Brasil e preocupou pais e professores.
Curso de Cachaça e o Gemidão
Nem todo mundo achou graça, mas hackers gaiatos invadiram o site do Sistema de Seleção Unificada -Sisu (notoriamente sem graça) e inscreveram uma aluna que queria estudar medicina no curso de cachaça.
Um susto, um aborrecimento para a estudante e uma saia justa para o Sisu, que reprovou a ação dos hackers e exigiu respeito ao curso de produção de cachaça, oferecido na cidade mineira de Salinas.
Outra da galera que perde o amigo, mas não perde a piada: o “Gemidão do WhatsApp”.
A “vítima” recebia um áudio ou vídeo, geralmente disfarçado em assuntos sérios, que depois de alguns segundos, era substituído por um áudio com gemidos eróticos. Muita gente passou vergonha ao abrir o conteúdo em público.
Como se proteger:
Nos episódios dos ataques de vírus e das invasões, como a do Sisu, os especialistas são unânimes em dizer que uma das melhores formas para se proteger é manter todos os equipamentos, firewall e antivírus sempre atualizados. No caso dos usuários domésticos, a velha dica de não usar uma única senha para todos os serviços é fundamental.
Para enfrentar a Baleia Azul, o conselho é uma mudança comportamental: monitorar a internet dos filhos, manter o diálogo e a confiança.
E o gemidão? Desde então, e até hoje, é recomendado que não se abra vídeos sem o fone de ouvido, especialmente no ambiente de trabalho e em lugares públicos, como no ônibus, por exemplo.
No balanço final, alguns especialistas defendem que as ações dos hackers em 2017 terão um lado positivo: 2018 será o ano em que, finalmente, as discussões para garantir a segurança na rede ganharão força.